Segunda-Feira; 09 de Agosto de 2010

Versículo diário

"Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve." Hebreus, 12; 1b.

sábado, 3 de julho de 2010

Haja o que houver

Na Romênia , um homem dizia sempre a seu filho:
- Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado.

Houve, nesta época um terremoto de intensidade muito grande, que quase alisou as construções lá existentes nesta época. Estava nesta hora este homem em uma estrada.
Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho nesta hora estava na escola. Foi imediatamente para lá.

E a encontrou totalmente destruída. Não restou, uma única parede de pé. Tomado de uma enorme tristeza. Ficou ali ouvindo, a voz feliz de seu filho e sua promessa (não cumprida), "Haja o que houver, eu estarei sempre a seu lado".
Seu coração estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição. A voz de seu filho e sua promessa não cumprida, o dilaceravam.

Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando sua mãozinha. O portão (que não mais existia); corredor. Olhava as paredes, aquele rostinho confiante. Passava pela sala do 3º ano , virava o corredor e o olhava ao entrar.

Até que resolveu fazer em cima dos escombros, o mesmo trajeto. Portão, corredor, virou a direita e parou em frente ao que deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe. Olhava tudo desolado.

E continuava a ouvir sua promessa: "Haja o que houver, eu sempre estarei com você".
E ele não estava... Começou a cavar com as mãos. Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo:
- Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.
- Vá para casa.

Ao que ele retrucava: - Você vai me ajudar?
Mas ninguém o ajudava, pouco a pouco, todos se afastavam. Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida. Existiam outros locais com mais esperança. Mas este homem não esquecia sua promessa ao filho, a única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:
- Você vai me ajudar?

Mas eles também o abandonavam. Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa...
- Saia daí, não está vendo que não pode ter sobrado ninguém vivo?

Você ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram te ajudar pois continuam havendo explosões e incêndios. Ele retrucava :
- Você vai me ajudar?
- Você esta cego pela dor não enxerga mais nada.
- Você vai me ajudar?

Um a um todos se afastavam. Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos mas não se afastava dali. 5h / 10h / 12h / 22h / 24h / 30h . Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho ouviu:
- Pai... estou aqui!

Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:
- Você esta bem?
- Estou. Mas com sede, fome e muito medo.
- Tem mais alguém com você?
- Sim, da classe, 14 estão comigo estamos presos em um vão entre dois pilares.
- Estamos todos bem.

Apenas conseguia ouvir seus gritos de alegria.
- Pai, eu falei a eles:
- Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar.
- Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora...
- Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado.
- Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco .
- Não! Deixe eles saírem primeiro...
- Eu sei; que haja o que houver...
- Você estará me esperando!

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